SOBRE AS DESCOBERTAS DO OLHAR
Toda paisagem retém uma determindada verdade do mundo. No século XIX, os impressionistas abandonaram as verdades da academia, abriram as portas de seus ateliês e foram para as ruas, dedicando-se a saudável pintura “em plein air" a fim de reconstruir o papel da pintura – e da arte – no mundo. A partir dessa paisagem, desse exercício de captar o instante fugidio do mundo, criaram-se as bases que estruturaram o pensamento estético modernista. Toda pintura é uma experiência do mundo. A pintura é a arte da permanência; une a sensibilidade a razão, revela, “torna visível". Ela enriquece a nossa informação sobre a ralidade e alimenta, com informações poéticas e objetivas, a nossa relação com o mundo que nos rodeia. Assim, a pintura é uma maneira de ver, sentir e compreender o mundo, estabelecendo com ele um diálogo onde o acaso e a construção se complementam, onde o conceito e a práxis se unem para a construção de um corpo articulado, inteligente e poético. Todo artista dialoga com a tradição. Eduardo Garcia não teme o passado, ao contrário, faz dele um compromisso para a sensibilização do olhar. Há, em sua ação, uma espécie de aura romântica, um compromisso com a criação do belo e com a revelação de um mundo escondido diante de nosso olhar. Para ele, o artista é um desbravador, um descobridor, e a tarefa maior de seu ofício é desnudar os véus do olhar. A pintura é instrumento de sensibilização, simples e sofisticada como o pão e o vinho. Toda a história da pintura sobrevive no contemporâneo. Através de manchas de cores formadas por camadas de tinta sobrepostas, o trabalho do artista revela um processo pictórico sensível e bem elaborado. Eduardo Garcia cria a sua paisagem urbana, seus mapas, seus muros, seu Verbo. A sua temática é, em essência, o Tempo. Diante de suas pinturas o espectador é convidado a conhecer uma história, um registro, um processo: o corpo da pintura está ali, presente, vibrando nas grandes superfícies que se orientam por uma espécie de princípio construtivo orientador. Todo instante é fruto de um passado. A pintura é o registro da história e ela se cria através de um processo construtivo racional sem jamais abandonar a poética e alguns valores relacionados com as práticas artesanais. Num mundo regido pela velocidade e pelas imagens virtuais, a pintura de Eduardo Garcia impõe-se em nosso olhar como a arte da permanência. E a poderosa e vibrante presença da materialidade pictórica é o instrumento utilizado pelo artista para se atingir a verdadeira beleza.
SOBRE AS DESCOBERTAS DO OLHAR
Toda paisagem retém uma determindada verdade do mundo. No século XIX, os impressionistas abandonaram as verdades da academia, abriram as portas de seus ateliês e foram para as ruas, dedicando-se a saudável pintura “em plein air" a fim de reconstruir o papel da pintura – e da arte – no mundo. A partir dessa paisagem, desse exercício de captar o instante fugidio do mundo, criaram-se as bases que estruturaram o pensamento estético modernista. Toda pintura é uma experiência do mundo. A pintura é a arte da permanência; une a sensibilidade a razão, revela, “torna visível". Ela enriquece a nossa informação sobre a ralidade e alimenta, com informações poéticas e objetivas, a nossa relação com o mundo que nos rodeia. Assim, a pintura é uma maneira de ver, sentir e compreender o mundo, estabelecendo com ele um diálogo onde o acaso e a construção se complementam, onde o conceito e a práxis se unem para a construção de um corpo articulado, inteligente e poético. Todo artista dialoga com a tradição. Eduardo Garcia não teme o passado, ao contrário, faz dele um compromisso para a sensibilização do olhar. Há, em sua ação, uma espécie de aura romântica, um compromisso com a criação do belo e com a revelação de um mundo escondido diante de nosso olhar. Para ele, o artista é um desbravador, um descobridor, e a tarefa maior de seu ofício é desnudar os véus do olhar. A pintura é instrumento de sensibilização, simples e sofisticada como o pão e o vinho. Toda a história da pintura sobrevive no contemporâneo. Através de manchas de cores formadas por camadas de tinta sobrepostas, o trabalho do artista revela um processo pictórico sensível e bem elaborado. Eduardo Garcia cria a sua paisagem urbana, seus mapas, seus muros, seu Verbo. A sua temática é, em essência, o Tempo. Diante de suas pinturas o espectador é convidado a conhecer uma história, um registro, um processo: o corpo da pintura está ali, presente, vibrando nas grandes superfícies que se orientam por uma espécie de princípio construtivo orientador. Todo instante é fruto de um passado. A pintura é o registro da história e ela se cria através de um processo construtivo racional sem jamais abandonar a poética e alguns valores relacionados com as práticas artesanais. Num mundo regido pela velocidade e pelas imagens virtuais, a pintura de Eduardo Garcia impõe-se em nosso olhar como a arte da permanência. E a poderosa e vibrante presença da materialidade pictórica é o instrumento utilizado pelo artista para se atingir a verdadeira beleza.